terça-feira, 30 de novembro de 2010

A razão? É Ela!

Por que estou sumido? Estou em um relacionamento... E queria compartilhar com vocês.

Todo mundo fica perguntando como andam as coisas, mas fico meio sem graça de tocar no assunto, então resolvi abrir o verbo, abrir meu coração e falar um pouco dela. Até porque, acho que vocês devem entender o que estou sentindo, se não passaram por este momento, ainda vão passar. Se passaram, poderão ser de ajuda, se ainda não, preparem-se, pois sua hora ainda chegará.

Eu a enrolei por um tempo, ela ali me esperando. Sou pessoa de bem, compromissada, não pensem que fiz por mal. O engraçado é que a gente fica falando que falta alguma coisa, quando tem a oportunidade nas mãos, acaba não sabendo o que fazer. Mas, eu sabia que uma hora deveria assumir o compromisso.

Essa resistência toda tem seus motivos, nunca havia entrado num relacionamento tão sério, sabe? Na época de faculdade, talvez. Mas, foi algo mais simples. Dava até para dar umas escapadinhas nas festas de faculdade, quem nunca fez isso? Você deixava a coitada em casa, “levava nas coxas”, mas ninguém nunca tinha sido tão exigente.

Ela é difícil, tem exigido de mim dedicação quase exclusiva. Foi difícil adaptar. Ficar tanto tempo frente-a-frente, sem saber o que falar. Eu sabia que não podia falar qualquer coisa, queria demonstrar que eu tinha conteúdo, que era capaz de pensar. Mas, logo percebi que nem podia falar as coisas que penso sem dizer que fulano concorda, ciclano disse tal coisa... é triste essa desconfiança, ter que ficar provando as coisas que você diz.

De início, pensei que nunca ia dar certo, não seguia regra nenhuma... e isso não é bem visto pela sociedade. A gente vai amadurecendo e tem que seguir alguns padrões, normas. Confesso que fiquei observando alguns outros relacionamentos e copiei o estilo de um ou outro. Deu até bem certo, viu. Claro que mantive minha individualidade, meu jeito de ser, mas me ajudou ver como os outros se comportavam.

Aí as coisas começaram a dar certo. Então acontece o inevitável, aquela rotina. Nos últimos dias, tenho ficado com ela em casa o tempo todo, final de semana nem saio. Então, percebi que eu e ela começamos a engordar. Tem horas que sentimentos cruéis surgem:

-Tomara que ela engorde rápido! Aí eu terei um motivo pra terminar logo! Livrar-me-ei deste peso!

Vou confessar. Estou com ela por interesse, sabe. Já sei onde esse relacionamento vai dar, vou terminar tão logo consiga. Posso até apresentá-la pro pessoal lá da “facul” antes que fique gorda demais. Eles vão falar de todos os defeitos dela, eu humilde, vou tentar defendê-la da forma que conseguir. Mas, aquela dúvida vai surgir: Será que tudo acabou mesmo?

Não tem como, neste caso o pessoal da facul é quem decide. E tomara que eles cheguem a conclusão que foi bom enquanto durou e que eu fiz o melhor que pude. Então, poderei feliz dizer:

- Sim, eu terminei esta dissertação. Graças!

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Esta crônica surgiu após 10 horas tentando terminar um capítulo da minha dissertação.

Chega um momento que a escrita técnica esgota o raciocínio e temos que variar um pouco o funcionamento do cérebro.

Então, permiti um momento de criatividade, escrita livre e descompromissada. Feito isto, às 5:22 da manhã, me permito o descanso, para retornar amanhã para este relacionamento difícil, mas que ainda trará belos frutos.


Assim espero.


Rodrigo A. N. Nogueira
Mestrando em Educação Tecnológica pelo CEFET-MG
Bolsista da CAPES
Professor de Metodologia da Pesquisa Científica / CEFET-MG

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Parece que o final de mês é algo que me inspira a escrever.
Deixa eu me enganar... se não é por outro motivo.

Tudo o que acontece se torna lembrança... ou esquecimento.
Os momentos ruins podem ser contados com um sorriso.
Os momentos bons, com lágrimas de nostalgia.
O tempo cura, o tempo corrói...

Coração é bicho selvagem.
Você pode criar todas as condições de cativeiro.
Você tenta domestica-lo.
Em um momento de descuido ele morde.
E dói.

E agora... só tempo, mano velho.

E termino com um poético:
-Tá foda.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Manual de Desinstruções

A felicidade não está em satisfazer todas as suas vontades.
Na verdade deve-se criar o hábito de manter-se no ponto de equilíbrio entre satisfazer seus desejos e dominar seus anseios.

A monotonia da satisfação plena deprime,
Não alcançar seus objetivos desanima.
O movimento entre extremos estressa.
O controle exagerado exaure forças.

Esperar pouco, mas não se satisfazer.
Felicitar-se com muito, mas não se acostumar.
Aproveitar as alegrias enquanto durar.

Não se apegar sempre que possível...
...mas, não ter uma vida superficial.
Cativar e ser cativado por pessoas que importem...
...entender que isto é raro e não se deixar enganar.

Mas, principalmente:
Saber que regras e conselhos só servem de reflexão.
Não existe manual de sobrevivência...
...e mesmo se existisse, quando o sentimento realmente chega,
quando a emoção domina:
A razão deixa de ser leme.
O raciocínio deixa de ser direção.

O mundo para de girar quando a paixão domina.
E quando termina, você torce para que o mundo dê voltas.
E quando ele volta, não é mais o que se queria.

Por isso.. viva leve.
O passado não existe e o futuro também não.
Toda tristeza passa...
Não há alegria que nunca chegue...

sábado, 21 de agosto de 2010

Quando a gente aprende a viver...

"É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem saber ver".
Autor: Gabriel Garcia Marquez

Por muito tempo o pensamento acima esteve sem a autoria explícita no meu orkut.
Não por plágio, mas por desleixo...
...ou talvez por um sentimento implícito de ressonância com o que eu sinto.

Daqui pra frente... é autoral.
Tanto a vida, quanto a descrição.
Apesar se serem colagens de tudo que já vi e senti.

Quando a nossa felicidade depende única e exclusivamente da esperança de um futuro melhor, algo provavelmente está errado.

Ah... e antes que alguém condene os clichês, eles se tornaram assim porque há alguma razão de ser.
Moral da história: Viva leve... as pequenas e grandes alegrias acabam aparecendo em algum momento e as pequenas e grandes tristezas acabam passando.

Viver até morrer...
Talvez não com a intensidade que me leve a vida embora por irresponsabilidade.
Mas, que não seja longa o suficiente para que eu possa me arrepender da saúde que sobrou por faltar alegrias de não planejar viver demais.

Rodrigo Nogueira
Sim, agora eu sou o autor.
É melhor escrever a história...
do que ficar lendo passivamente a sua vida fazer parte da história dos outros.
Assim você dá o ponto final, ou muda seus capítulos.
Longos, ou curtos.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Cativar...

Gostar é se entregar... se entregar é alugar um espaço no seu coração: Cativar.

Confesso: Adoro "O Pequeno Príncipe".


"E foi então que apareceu a raposa:

- Bom dia, disse a raposa.

- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.

- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...

- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...

- Sou uma raposa, disse a raposa.

- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...

- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.

- Ah! desculpa, disse o principezinho.

Após uma reflexão, acrescentou:

- Que quer dizer "cativar"?

- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?

- Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?

- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que fazem. Tu procuras galinhas?

- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?

- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."

- Criar laços?

- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...

- Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...

- É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...

- Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.

A raposa pareceu intrigada:

- Num outro planeta?

- Sim.

- Há caçadores nesse planeta?

- Não.

- Que bom! E galinhas?

- Também não.

- Nada é perfeito, suspirou a raposa.

Mas a raposa voltou à sua idéia.

- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra.

O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...

A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:

- Por favor... cativa-me! disse ela.

- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.

- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!

- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.

- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...

No dia seguinte o principezinho voltou.

- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.

- Que é um rito? perguntou o principezinho.

- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!

Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:

- Ah! Eu vou chorar.

- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...

- Quis, disse a raposa.

- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.

- Vou, disse a raposa.

- Então, não sais lucrando nada!

- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.

Depois ela acrescentou:

- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.

Foi o principezinho rever as rosas:

- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela á agora única no mundo.

E as rosas estavam desapontadas.

- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.

E voltou, então, à raposa:

- Adeus, disse ele...

- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.

- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.

- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.

- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.

- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...

- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar."

terça-feira, 28 de julho de 2009

Post Caução: Pra garantir o significado.



Por que "CHEQUE CAUÇÃO"?

Cheque caução é um cheque frequentemente empregado pelos comerciantes para garantir que seus clientes cuidem de um determinado bem que será colocado em sua guarda.

Esses cheques usualmente são emitidos em valores muito altos, justamente para coagir o cliente a se portar de forma irresponsável quanto às suas obrigações firmadas no contrato.


Este blog é um contrato com os meus pensamentos...
...um cheque caução que penhora os sentimentos.